Polução Noturna
domingo, 20 de maio de 2012
E como se fosse a coisa mais normal do mundo, seguimos fingindo que nada nunca aconteceu. Somos bons fingidores. Se continuarmos nesse
ritmo, vamos acabar convencendo a nós mesmos que tudo está bem. Você me diz que
superou, e me manda um poema de Vinícius. Eu te digo que estou feliz, e em seguida ouço
Since I don’t have you. Vai ver as coisas devem ser assim mesmo. Vai ver vamos ser sempre a carta na manga um do outro. O blefe. Seguiremos nosso jogo, fingindo que tudo vai bem, esperando desesperados pela cartada final, meu quatro de paus.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Sobre o que somos e o que não somos...
[...]
Afinal, somos homem e mulher. E é só tesão. Desejo. Por isso, não me ligue perguntando se eu estou bem, depois de mais uma de nossas muitas noitadas - com ou sem benefícios. Por isso, pare de ler meus pensamentos, completar minhas frases, rir das minhas piadas e ajeitar meu cabelo, naturalmente desajeitado. Porque é só tesão. É só desejo. É coisa de pele. E esses benefícios não fazem parte da nossa lista.
Afinal, somos homem e mulher. E é só tesão. Desejo. Por isso, não me ligue perguntando se eu estou bem, depois de mais uma de nossas muitas noitadas - com ou sem benefícios. Por isso, pare de ler meus pensamentos, completar minhas frases, rir das minhas piadas e ajeitar meu cabelo, naturalmente desajeitado. Porque é só tesão. É só desejo. É coisa de pele. E esses benefícios não fazem parte da nossa lista.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Sobre o que não ficou
Ficou muita coisa de você em mim.
Duas camisetas velhas. Cheiro. Sabores. Desejo. Tesão. Ódio. Mas, não ficou amor!
Seu péssimo gosto musical. Piadas com pouca graça. A vontade de ver filme dormindo, ou dormir vendo filme.
Esses ficaram. Mas, não ficou o amor!
O desespero por futebol. O pavor por telefone. A paixão pela internet.
Ficaram também. Mas, não. NÃO ficou o amor!
Das coisas que eu dei a você, não quis nenhuma delas de volta.
Não quis as fotos. As cartas. Os chamegos. Os beijos.
Não pedi de volta as noites mal dormidas. Nem mesmo as lágrimas que derramei, pensando em quanto tempo eu perdi/ganhei com você.
O que eu peço de volta é o que não ficou.
O que você levou.
E parece que não volta mais.
Quero o amor. O amor que você conquistou e cuidou. Mas depois, roubou. Roubou com toda a violência.
Verbal.
Até física.
Porque aquela dor não foi emocional. Eu garanto que não.
Eu senti fisgadas, socos no estômago e chutes no saco, que eu nem tenho.
Só peço de volta o amor.
Quase tudo ficou, mas quero de volta o amor.
Porque o amor não. O amor não ficou.
Polução Noturna
Este blog é mais que uma ejaculação noturna involuntária. É um espaço de explosão de ideias e sentimentos que insistem em me acordar durante todas as noites.
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